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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Neste CARNAVAL o blog se fantasia e escreve sobre outro assunto sem ser o mundo da moto.

Saudade bacana, bonita e certamente necessaria.
Em plena sexta feira de carnaval, vozes antigas me dao uma alegria tao estonteante quanto a bateria da mocidade independente. Toca o telefone e vejo que eh da maravilhosa. Nao reconheco o numero e soh pode ser algum barbaro jah sob efeito da agua branca se concentrando para a festa do rei da folia. Atendo, eh a alegria do outro lado: Fala Michael...o Momo ta contigo? E assim a brincadeira de roda, da passagem do telefone, de mao em mao, como se jogassem o caxanga. Que som magico do boi, amigo das porrancas absurdas, de garrafas incontaveis, da costela desmanchando,




um mugido que toca o coracao, agora a voz do companheiro do inicio de tudo,
de um gigante parceiro que a vida separou ha muito de onde escuto mensagens de amor e tb ao meu filho, da cunhada mais perfeita pro grande e querido gordinho de coracao!“Imagino que a tarde linda nao queria se por. O mundo está ao contrário e ninguém reparou o que está acontecendo? Eu estava em paz quando você ligou. Um relicário imenso deste amor. O horizonte anuncia com o seu vitral que eu trocaria a eternidade por esta noite” imaginando a mesa redonda ao fundo, onde jah comemoramos muitos gols do preto e branco e decepcoes da bandeira das tres cores.
Lembranca de Nando onde aqui fiz esta homenagem de e para os Reis. Reliquias guardadas eternas dentro do meu bau, de sangue pulsante, enorme pra caber tanto amor e memorias.
Tempo passando aos poucos, vai moldando o futuro em camera lenta, com novos personagens na estoria da vida. A historia eh uma soh, impagavel, feliz, triste, momentos de pura sensibilidade vivido por um personagem deste livro, um roteiro cheio de marcas profundas, inquietantes, in e justas, alegrias esfuziantes, risos incontrolaveis, traumas de ingresias, viagens sordidas, loucuras tao sobrias, de um blues de outrora iniciantes. O fundo musical nao podia ser outro. Agenor, Malfredini, Vinicius, Tom, Nando.
Sabiamos todos que um futuro viria. Certamente iluminado, seguro e bem arquitetado por muito esforco pra apresentar o bom trabalho, na escolda do Santo e da vida. Dia apos dia, ano apos ano, e lah estavamos todos. O boa vidinha, amigo grande que nao soube entender o quebra cabecas. A volta de tres, do cento e cinquenta e quatro. O minerinho encabulado, que muitas vezes nao falava mas foi aprendendo com o amigo da terra que ensinou muita coisa, principalmente a se defender na cidade de pedra. Noites de pira, pe, tinga, porto velho, novo e seguro. Arraial, da ajuda, do tranco e do ocio. Viagens por um Brasil recheado de contos e belas estorias protagonizadas por nos. Nao no CHAO, NAOOOO!!! To Pagandooo!!!!. Cada uma mais entorpecente que a outra. Memorias de um grupo que nao se apaga.
Ascendo o intervalo com filtro, retalhando cortinas rasgadas e desarrumadas. Juntando porta retratos de cenas verdadeiras, algumas feitas com papel cintilante da epoca e agora passado que esta perdendo sua nitidez mas nunca o brilho. Hoje num pais distante continuando a ser feliz. Sao pequenas coisas que nos fazem mais, valer mais. Eh bom estarmos juntos e essa simplicidade perfeita ha de se eternizar. Como um dia perfeito, um passado intenso, inesquecivel . Meu espirito eh o mesmo, que ninguem vai conseguir quebrar. Coracao se maltrata e se bem trata, alma se lava e espirito nao se quebra.
Valeu pessoal, boa lembranca. No territorio da fumaca do charuto, os meninos continuam a brincar.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Churrasco, Batismo e Filantropia







O local é, digamos, bucólico. A entrada do parque já nos mostra um ambiente natural, tranquilo e preservado. Interessante sensação pois é raro ver locais tão bem mantidos em sua natural plenitude com suas matas nativas e o mínimo de agressão humana ao ambiente. Lembro de Florianópolis onde quase a ilha toda é assim preservada. Pouquíssimos locais neste planeta não foram ainda totalmente modificados pela ganância do progresso.
Key Biscayne é realmente algo ímpar. Um local criado e mantido para a preservação da paz e da família. Tudo ali é feito para isso. Nem cinema existe para não tumultuar o ambiente. Gosto disso, mas gosto também de ficar perto de bons restaurantes, cinemas, bares e movimento. E, quando aparece aquela vontade de curtir uma paz total, este é um excelente local para uma visita prolongada. Aliás um dos, pois o que tem de recanto bacana por aqui, não esta no gibi. Por isso são tão caprichados e bem cuidados. Disputam entre eles, o local mais aprazível deste paraíso chamado Miami.
Mas minha chegada ao churrasco não foi tão fácil assim. Já comecei minha epopeia de ida com um pequeno atraso. Habitual quando se tem uma esposa e dois filhos. Na saída, quase pegando o retorno, meu telefone toca. Pela segunda vez, chamado pelo presidente. Nesta, a cobrança não fora somente da presença mas também pela necessidade de água e sal . Esqueceram sal gosso para o churrasco! Pois eh!
Não faço então o contorno e sigo até o Publix mais perto. Água, sal grosso, biscoitinho para as criancas impacientes e pronto. Vamos, o pessoal já está esperando a muito. Ao chegar no carro, um pequeno amassado na lateral do veiculo recem alugado. O meu está na concessionária para a primeira revisão. E agora? Sol a pino, o que é que eu faço pra lá, o que não faço pra cá; se chamar a polícia vai demorar uma hora. Quando então um indivíduo e me chama: Buenas. Hablas espanhol? Um pouquito, voces sabem como é, todos nos achamos que hablamos...
Escutcha, una murrer com quatro ninos foi la causadora deste su inconveniente. Que ótimo, um testemunho a meu favor. Porém, jo no puesso ficar a cah pois mi documento esta bencido! Jo sinto! Pero es la murrer com ninos... Agradeci, chamei o seguranca, expliquei o ocorrido. Resolvi chamar a polícia. Já era meu churrasco. Estava certo, o oficial demorou 30 minutos. Muito simpático e prestativo, ficou esperando comigo pela mulher que ao ver a confusão montada, veio logo assumindo sua culpa.
O telefone não parava de tocar. Cobranças da chegada pelos societies, minha mãe de longe perguntando se tenho me alimentado direito, a polícia, se o oficial havia chegado, enfim...
O sol castigando nossas cabeças e eu pensando no churrasco perdido. Porém vi que a solução estava logo ali no fim do túnel, depois de uma hora.
Tudo resolvido, partimos para o evento. Caminho bonito. Logo após a última guarita da ilha, deveria pegar o lado esquerdo da rua esquerda, e já vejo as belas motos estacionadas. Sensação boa, afinal, ali estava minha turma. Cheguei e ouvi piadas como: Chegou para o café? A sobremesa já tá acabando...E por aí vai. Mas cheguei e isso era o que importava. Varios cumprimentos, pessoas novas na turma e, nosso diretor de eventos, aliviando nosso perrengue recente, logo se propõe a colocar uma nova carne na brasa.. Aliás, carne dele mesmo pois é um grande importador e distribuidor das melhores do continente australiano. Churrasco pronto para nós e para um lindo racum que, se tivesse uma moto, seria certamente um membro de tão a vontade que ele ficou ali o tempo todo com nossa turma.
A minha confraria interna toda presente. Meus filhos já saem eufóricos com a bola na mão, e sanduíche de picanha na outra, com a companhia do garoto prodígio para a grande sala de brinquedos da natureza.
Talvez em respeito a minha tardia chegada, alguns societies estenderam suas partidas e com isso o churrasco acabou um pouco mais tarde . Foi bom pois curtimos um tempo maior com a super simpatica, mulher sorriso do grupo Wilma, a aniversariante do dia. Ganhou rosas rosas, abracos e beijos de todos. Ela pra variar, sempre sorrindo e feliz da vida.
Conversamos sobre tudo, e principalmente sobre nossa ajuda a uma instituição encarregada em doação de medula óssea, algo tão imprescindível na sobrevivência de inúmeras pessoas. Com o diretor da ONG, Wesley presente, mostrei que a grande barreira para uma maior adesão de doadores era justamente a ignorância dos fatos. Saiba você, que doar a medula, não é doloroso como retirar líquidos em espinhas dorsais ou mesmo, internações hospitalares com agressões ao corpo humano. É semelhante a uma coleta de sangue, como um exame qualquer e ali, naquele momento, você acabara salvando uma vida. Simples assim. Digo que o nome “Doação de medula óssea”, leva pânico aos menos desavisados e desta forma, prováveis doadores se escondem. Vamos mudar isso e ninguém melhor do que os motociclistas, conhecidos por serem engajados em movimentos filantrópicos pelo mundo.
No final, após o batismo com tradicional balde de gelo nos novatos Edu e Helder,
uma sensação boa de pertencer a um grupo amigo com uma paixão em comum. A única diferença agora fica por conta da não mais admiração pela Harley Davidson, como antes. Explico. É que ao levar minha tão bem cuidada moto para a PRIMEIRA revisão, tive meu direito de utilizar a garantia negado para a troca de peças que apresentavam já prematuras corrosões. Eles alegam que por morar em Miami Beach, este local propicia esta consequência. Fica a pergunta: Por que então, não me falaram isso quando a comprei? Eu acredito na minha versão, que as peças novas e suas cromagens estão sendo feitas de maneira econômica e relapsa; já não mais como eram feitas anos atrás. Se você pensa em comprar uma Harley, fique atento a isso. Falta uma “Defesa ao consumidor” no modelo brazuca. Mas nada tira o prazer nosso de cada acelerada.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Vatapa da Dona Helo!

ESTUPENDO, magnífico, extraordinário.
Desta vez não foi nenhum passeio de moto como vocês estão acostumados. Foi sim, o tal jantar da Dona Helo, que a muito ouvia falar sem descanso pelos societies glutões. Agora entendo o porque de tanta exaltação e espera pela qual os membros do grupo falavam sobre o tal Vatapa que ela preparava com tanto esmero. Seu filho, nosso segurança dos sequitos, já vinha anunciando sua chegada e isso causava um grande alvoroço entre todos.
Sem passeio no sábado, aproveitei o dia lindo friorento que embestiu neste finde miamense. Mas aproveitei na praia, pode? Sim, pode e deve, porque este frio espantou a todos e a praia ficou vazia. Fui jogando bola com meu filhos pela areia sem ninguem no caminho para tomar uma possivel bolada no rosto, oriundo de uns ainda pé tortos dos meus pequenos, que serão moldados pelo tempo. Não que eles não saibam jogar, muito pelo contrário mas é que pela idade prematura, colocar a bola sempre em linha reta, vocês hão de convir que é complicado. E por isso, vamos jogar bola: Pode chutar, pra onde quiser, só não jogue naquela parte cheia de mato pois entrar ali descalço é garantia de espinhos fincados pelo pele. Minutos depois, estava eu lá, atirando o meu primeiro. Doi heim?!
Mas, depois deste exercício, só restava a tão falada noite do meu bem, ops, deculpe baiano, nada de intimidade com a mãe baiana mais arretada e gente boa da terra onde foi descoberto Pindorama.
Ainda não.
Inicio de noite, presidente passou e fomos juntos, de carro. Estava muito frio para moto, lembram? No caminho, tivemos tempo suficiente para colocar em dia as novidades do grupo. Devo admitir que estamos numa fase de transição e de grandes novidades. Planos a mil, uns já sendo desenhados, outros alinhavados; o papo era Motosociety. Novos parceiros, festa, clube e agenda. Tudo é promissor e nos alimenta de vida. Observei que nosso presidente não conhecia o caminho. Uma ligação, uma explicação. Chegamos e o desbravador de sempre já estava presente. Sempre ele. Outrora, ao chegar para um café da manhã, no horário, Rogério já está na conta. No jantar não foi diferente. Talvez essa seja a explicação de sua sempre fuga acelerada nas voltas dos passeios.
O filho de Done Helo mostrou a felicidade na recepção, gesto tiipico deste povo tão “Amado”. Aliás, o Jorge foi òbviamente lembrado quando falamos de personalidades de sua terra. Aos poucos a presença foi aumentando. Reparei que quem gostava de comida mesmo, já estava lá. No nosso grupo tem uma turma que forma quase que uma confraria da boa mesa. Tanto é verdade que se repararmos, a essência é sempre essa. Acelerar as motos para o sagrado fomento no destino final dos passeios.
Frio, eu no vinho, um companheiro aparece com um Rum conhecido como combustível de piratas, tomei dois goles e entendo agora porque que aqueles malucos saiam invadindo tudo e lutando contra a famosa esquadra inglesa. Conversas juntas, piadas do e de portugues, Obama pra cá, Lula pra lá, cheirinho maravilhoso ao fundo e o grito tao esperado: O jantar vai ser servido. As mulheres trazendo travessas fumegantes e coloridas. Cabeche(?), vatapa, bacalhau com grão de bico e no meio,uma belissima muqueca de camarão. Portuga contava uma piada que deixei pela metade.Tinha quorum para ouvi-la e por isso não me importei. Fui ao centro, peguei um prato. Vatapa, bacalhau e o cabeche foram o abre alas.
Logo na terceira garfada da degustação do primeiro ato, um torpor tomou conta de mim. Na segunda rodada trouxe o bobo de camarão para o meu prato, este se tornou ali, palco de um dos maiores shows culinários que já vi na vida.
O que que a baiana tem? Pelo amor do Bonfim. Tem o top 10 das melhores experiências gastronômicas que já tive. Não se falava mais nada a não ser o que fazer para manter a matriarca do nosso querido baiano na terra do Tio Sam. Ela vai embora semana que vem. Saudade dos coqueiros de Itapoã, talvez. Fica aqui registrado meu pedido solene para que o Farol da Barra queime sua luz e não atraia mais a atenção desta mulher maravilha da boa mesa.
No dia seguinte, no café da manhã dos societies que seria no cassino dos Micosukees, nosso presidente conta um caso de um índio desta tribo, que recentemente, pela terceira vez tinha atropelado uma pessoa e mesmo bebado, nada lhe aconteceu pois sua imunidade nesta sociedade o livra de qualquer penitencia. A história é algo parecido. Desta maneira, em forma de protesto, não fomos ao interior do cassino. Café da manhã em outro lugar, nada de especial. Somente a ladinha com promissoras novidades. Alguns membros nao ficaram para a conversa que me parece, foi a mais importante dos ultimos meses. Algo novo ronda as Harleys de nosso grupo. Esperem. Uma boa surpresa para a comunidade brasileira os aguarda.

Depois do surto gastronomico do final de semana, só me resta imaginar onde nossa confraria interna conduziria os societes para mais uma aventura, gastronomica de certo por uma America nativa, tão mestiça, voraz e audaz. Tão querida e gostosa, cuja veia de lira americana, vai passando nossas motos, explorando-a em céu que nos cobre infinito.

Tem de tudo no Natal da TOY RUN

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Eu e Sandalo.

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Classificados

Classificados

Baiano, John e seu jacarezinho de estimacao

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Um rio de motos. Precisamente mais de 40 mil

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Parada obrigatoria de harleiros Iron Rhino Saloon indo para Naples

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Paisagem tipica de nossos passeios

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Indo para Key WEST

Indo para Key WEST

Eu e Patricia em seu primeiro passeio

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